quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Pernas e braços livres: isso é o Parkour

Praticantes do Parkour falar sobre os cuidados para a realização do esporte

Precursor dessa prática em São Paulo, Leonard Akira treina parkour há 6 anos, e se considera um auto ditada e alem de ser reconhecido por ministrar treinos por toda São Paulo para os interessados em parkour.Praticantes explicam melhor os riscos que o atleta corre e os problemas que pode ser causado nas articulações.


“O Parkour quando feito com o devido cuidado não coloca a integridade do praticante em risco, sem bom senso o praticante acaba geralmente sofrendo de lesões no joelho e tornozelo.

“Não se arrisque o parkour é uma atividade de risco e deve ser praticada com cautela, procure praticantes experientes para treinar e aprender o básico ou realize um curso com quem já treina há bastante tempo” diz Akira.

Thiago Fernandes treina parkour há 7 anos esclarece que o parkour precisa de cuidados como qualquer esporte radical.

- Nossos praticantes mais antigos e dedicados são capazes de saltar prédios e pular casas, além de vários outros movimentos que muitas vezes impressionam os leigos. Mas para chegarem a esse nível já se machucaram e se superaram inúmeras vezes.

Para praticar o parkour, geralmente realizamos um aquecimento simples de 5 a 10 minutos.. Alongamento braços, pernas e coluna. São jovens que vêem na técnica uma boa forma de cuidar da saúde se divertindo e também de investir num esporte que promete ainda ter um grande futuro pela frente. diz Fernandes .


No consultório

Dr. Gilberto Luis Camanho, Chefe da Disciplina de Ortopedia Especializada do Hospital das Clinicas dá seu diagnóstico:

“É claro que se trata de uma atividade de alto risco. É só observarmos eles praticando, para afirmarmos isso. Por se tratar de uma atividade física a medicina não contra-indica a prática do parkour, pois ele trabalha diversas partes do corpo. A única coisa que recomendamos é que as pessoas saibam o seu próprio limite. Apesar de ser um esporte de superação, os participantes têm que saber o que já são capazes de fazer e até onde podem ir”, relata.

Por David Gomes

Foto: Camila Pícollo

 


Praticante de  Parkour na região central de SP

Um comentário:

  1. Dizer pra pessoas "Não se arrisque com o Parkour" é destruir toda a história por trás dele e mais ainda, é destruir todo o passado da movimentação humana. O parkour, sobretudo no brasil, se iniciou com praticantes começando de forma independente. Como é que um ser humano diz "não se arrisque" com o sentido de "não treine por conta própria"? POis é isso que a reportagem transmite e que é uma verdadeira mentira.

    De norte a sul do Brasil iniciantes são sim bem-vindos a iniciar por conta propria. Se limitarmos a desenvolver o Parkour somente através dos mais experientes, iriamos fecha-lo em um compartimento retrogrado e capitalista.

    Por isso façam parkour. Sozinhos. Livres. Mas com bom senso é claro.

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