segunda-feira, 22 de novembro de 2010

ENTREVISTA REGINALDO LEME

Divulgação
















Por David Gomes

Comentarista esportivo da Rede Globo Reginaldo Leme, iniciou sua carreira no Jornal Estado de São Paulo em 1968 e desde 1978 está na TV GLOBO. Além disso, Leme criou em 1992 o anuário “AutoMotor”.
Reginaldo está desde 1972 trabalhando em coberturas de Fórmula 1, participou das oito conquistas de títulos mundiais de pilotos brasileiros, e, segundo contagem recente feita por organizadores da Fórmula 1, soma mais de 450 grandes prêmios.
Na Fórmula 1 fez dupla com Luciano do Valle, algumas vezes, também com Oliveira Andrade, Luís Alfredo, Cléber Machado e Luis Roberto. Na atualidade está com Galvão Bueno. Comenta também as transmissões da Stock Car Brasil ao lado de Luís Roberto.
O jornalista é também apresentador do Linha de Chegada, programa que comanda no SporTV, canal de esporte por assinatura da Globo.

Quando começou escrever sobre automobilismo quais foram as restrições e condições impostas pelo seu chefe?

RL - Comecei em 1971 e em 72 passei a cobrir o Mundial de F1. Eu não tinha restrições, a não ser observar as normas de redação do Estadão, onde eu trabalhava. E, claro, o cuidado para, mesmo tendo brasileiros envolvidos, ser imparcial.

O que inspirou a sua paixão e o interesse em trabalhar nesse esporte?
RL - Desde criança, eu acompanhava tudo, corria de rolemã etc. E quando meu pai me levou a Interlagos ver uma corrida do campeonato sulamericano, senti que, se possível, eu faria daquilo a minha vida.

Hoje quando se fala em automobilismo, você e o Galvão Bueno são referências, sendo assim como você realiza um Jornalismo didático para várias classes sendo que o automobilismo é um esporte de "elite”?

RL- Eu sempre tive a preocupação, escrevendo ou falando, de transmitir para um universo bem maior que o dos fanáticos por esporte a motor. Isso tem dado certo. E foi assim que conseguimos passar para o brasileiro uma "cultura da F1" . Isso explica outras categorias, mesmo tendo brasileiros de sobra, como foi a Indy, não ter dado tão certo no Brasil. A cultura adquirida é de F1.

Sua opinião sobre o desempenho dos representantes do Brasil na Fórmula 1 ?
RL- 2010 não foi um grande ano para nós. Mas ainda estamos bem à frente da França, da Itália, paises com mais tradição.
Claro, nos acostumamos com períodos excepcionais. Chegamos a situações inigualáveis na História, como ter um Senna e Piquet brigando por campeonatos. Imagine, isso é coisa muito rara.

Como é o seu envolvimento com equipes, pilotos, dirigentes? Influencia na hora de comentar durante as transmissões e nos textos?
RL- Em cada equipe é importante ter, pelo menos, uma pessoa que sirva de um bom informante. Este relacionamento você constrói fora das corridas, tomando uma cerveja, jantando, jogando tênis, etc. Sempre tive e, claro, é fundamental.



























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