Por David Gomes e Bruno Vinicius
De acordo com a Associação Viva Centro, cerca de dois mil moradores de rua vivem no centro de SP e muitos se encontram nessa situação por diversos motivos como abandono familiar, desemprego, situação econômica, desajuste social e problemas psicológicos. Além disso, outro grande fato causador dessa situação foi a “transferência”, determinada pela prefeitura, de alguns albergues do centro para outras regiões da cidade, fazendo com que muitos moradores (antigos albergueiros) voltassem para as ruas, com exceção de alguns sortudos que foram para outros albergues do centro. Porém, não é tão fácil se de conseguir uma vaga: há uma burocracia para adquirir uma simples vaga nas casas que funcionam 24 horas e tendem a manter vagas fixas, para seus moradores, que podem permanecer por meses, desde que passem por avaliações periódicas. No inverno, com as baixas temperaturas, aumenta a procura por albergues em caráter emergencial.
O número de crianças, adolescentes, adultos e idosos vem aumentando na vias centrais de SP, segundo superintendente da instituição, Marco Antônio Ramos de Almeida. Mas a culpa é de quem: da prefeitura? Da administração dos albergues? Ou dos próprios moradores de rua que optam por ficarem nas ruas?
Todos os envolvidos no processo de assistência social são os responsáveis pelo que acontece nas praças e ruas do marco zero da cidade. A Secretaria de Assistência Social de São Paulo afirma que os albergues como o Cirineu e Glicério, foram desativados por estarem com suas estruturas prejudicadas. No entanto, a administração pública não assume registros de estupros, assassinatos, prostituição, surtos, tráfico e uso de drogas e conflitos entre albergueiros e moradores das regiões próximas, como relata a Viva Centro. “O mau cheiro do local tornou-se ínfimo diante do que era presenciado por quem ali passava.”, afirma Ana Maria Ciccacio, assessora de imprensa da Associação Viva Centro.
Tendo em vista o descaso com os desabrigados por parte do governo, onde não se vê nenhuma ação para acabar com os problemas citados, pouco se faz também do outro lado onde estão os assistentes sociais e administradores dos abrigos. Isso faz dos moradores de rua, pessoas sem direito as necessidades básicas de qualquer ser humano como: saúde, educação, saneamento, alimentação e abrigo.
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